Sobre a Revista

A socioeducação, enquanto política pública, expressa em sua conformação, político-profissional e teórico-acadêmica, uma polissemia e pluridisciplinaridade que a faz dialogar com a história, a sociologia, a filosofia, o direito, a política, e em especial, a educação, a psicologia e o serviço social.

Essa pluralidade científica, que se desdobra em distintas práxis, dos operadores do sistema socioeducativo, construiu o arcabouço que justificasse a constituição de um periódico, que envolvesse àqueles que pesquisam e são estudiosos da socioeducação, assim como pesquisadores que se relacionam com os temas da infância, da juventude, de crianças e adolescentes, no contexto do sistema socioeducativo ou em conjunturas sócio-político econômicas de determinados espaços e territórios, à luz de específicas épocas históricas.

A partir dessa compreensão, a Revista Socioeducação apresenta-se como um periódico científico multidisciplinar, comprometida em levar aos seus leitores, conhecimentos novos e relevantes dentro de cada área temática, conjugando o desafio de agregar múltiplos saberes através de suas diversas práticas laborais.

Cabe destacar que a expressão desses conhecimentos não deve sucumbir a retóricas vazias, discursos burocráticos ou parlatórios diletantes, através dos artigos e qualquer trabalho aqui publicados, mas espera-se que possamos exercitar as primeiras manifestações, de um futuro Laboratório Acadêmico Pluridisciplinar da Socioeducação, que envolva o máximo de profissionais do sistema socioeducativo e do sistema de garantia de direitos da infância e juventude fluminense, para ações práticas e fóruns deliberativos que consolidem cada vez mais a socioeducação no marco dos direitos humanos.

Para isso é preciso ter clareza que a socioeducação não começa e encerra-se em si mesma, mas submete-se a dinâmica da política nacional, que conduz milhares de jovens brasileiros a seus agravos e “benefícios”, de acordo com a gangorra vacilante das conquistas sociais de nosso povo, o que nos leva a estabelecermos parâmetros coerentes, entre nossas teorias e práticas, com as crianças e adolescentes, que estão além das categorias conceituais, como sujeitos históricos em nossa intervenção profissional cotidiana.

Por fim, nesse marco de lançamento, a Revista Socioeducação, imprime um perfil que instrumentaliza um espaço de teorias e pensamentos, concernentes com os desafios da ação socioeducativa e a convicção de manter resiliente a esperança em nossos jovens.

Sejam bem vindos e boa leitura.