Um olhar sincero sobre a experiência de estágio na Socioeducação
Palavras-chave:
socioeducaçãoResumo
Primeiramente gostaria de iniciar o texto com opiniões que são ouvidas quando trago a informação de que sou estagiária de Serviço Social no DEGASE.
Há 1 ano estou cumprindo estágio obrigatório supervisionado no Centro de Socioeducação Aeroporto Dom Bosco, sinto que, ao socializar isso para as pessoas, suas primeiras impressões têm um ar de curiosidade, espanto e preconceito.
Pois pudera! A história dessa instituição é marcada por violência, racismo e punição.
O que é o DEGASE ainda é um grande mito, acompanhado de achismos do senso comum como: “então você trabalha pra bandido?”
Com isso trago reflexões enquanto antes de ser estagiária também sou uma mulher preta favelada que, estando inserida no cotidiano de funcionamento do dia a dia do Centro de Socioeducação Dom Bosco, posso observar de forma crítica como a internação é um lugar que priva corpos que têm, em sua maioria, a mesma cor que o meu.
Além da idade aproximada, sendo eu e os adolescentes pertencentes da mesma juventude negra carioca que, ao mesmo tempo em que percebo que temos vivências geracionais, encontro grandes abismos que nos distanciam.
Referências
ABREU, Marina Maciel. A dimensão pedagógica do Serviço Social: bases histórico conceituais e expressões particulares na sociedade brasileira. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 79, set. 2004.
SANTOS, Anne Caroline de Almeida. “Socioeducação”: do ideal da educação social ao purgatório das vidas matáveis. O Social em Questão, v. 23, n. 46, 2020, p. 187-202.
YASBEK, Maria Carmelita. Pobreza e exclusão social: expressões da questão social no Brasil. Revista Temporalis, Brasília, n. 3, p. 9-32, 2001.
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