Lizi, um riso que abraça

Resumo

Estava voltando pra casa, numa terça-feira, depois de alguns atendimentos, quando recebi a  “proposta-convite” de escrever uma homenagem a uma pessoa negra, como parte da próxima edição da Revista Aú. Passei algum tempo refletindo sobre quem eu escreveria. Quem eu gostaria de homenagear e o que gostaria de dizer? Certa vez me foi colocado um desafio parecido como esse: diga a uma pessoa que você a admira. Desde então passei a reparar como, em nossos cotidianos acelerados, muitas vezes silenciamos nossos afetos e poucas vezes dizemos às pessoas como elas são importantes pra nós. Optei, portanto, em fazer dessa homenagem uma resposta a esse desafio: dizer a uma mulher preta que eu a admiro, que ela é uma referência para mim. De quebra, gritamos pro mundo todo saber sobre  ela e pensar no quanto dizemos às mulheres pretas das nossas vidas o quanto elas são fodas e o quanto suas existências são necessárias.