Proposições do debate racial e escola: epistemologia (e/ou metodologia) em prol da educação pública a partir da periferia
Palavras-chave:
racismo, escolaeducação, epistemologiaResumo
O texto é uma provocação em pensarmos sobre a escola pública diante do debate racial. Mais precisamente, a escola como espaço de legitimação de conhecimentos, podendo torná-los pluridiversos e coletivos, em que seus sujeitos, em todas as esferas, produzam a pedagogia da convivência como princípio ativo na inserção dos conhecimentos, sobretudo raciais, pautado pelas legislações brasileiras, mas também pelos corpos e trajetórias negras que incidem dentro da escola, sobretudo na figura discente. O texto é uma provocação a partir da experiência com pesquisas em escolas públicas e, mais precisamente, com o olhar com mais afinco sobre a pesquisa iniciada em 2018 com pesquisadores negros em escolas públicas situadas em periferias e favelas. Não é uma resposta fechada nem certezas absolutas que embalam o texto, são brechas, provocações, questionamentos provocando ideias para uma escola laica e democrática.
“Ah! Aquela hora era bem a hora infinita da Esperança!” (Cruz e Souza)
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