Sobre a Revista
Revista AÚ - ISSN 2238-8494
Em maio de 2015, iniciamos o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros do DEGASE[1] - NEAB-D[2]. Maio é um mês com datas emblemáticas para o Movimento Negro Brasileiro. No dia 13, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Racismo, no dia 25, O Dia da África. O combate ao racismo e a educação das relações étnico-raciais são os pilares de nossa atuação.
Nessa perspectiva, lançamos a Revista AÚ. Aú é um movimento da capoeira, luta inventada por afro-brasileiros nas senzalas como resistência as opressões. Um golpe com múltiplas variações e possibilidades de reinvenção. Como na capoeira, partimos de uma base e apresentamos a revista em seções. Cada seção tem seu nome vinculado à capoeira.
Na seção Roda[3], apresentamos artigos desenvolvidos por professores do curso Estudos Afro-Brasileiros e Socioeducação, organizado anualmente pelo NEAB-D. A produção textual dos operadores do sistema socioeducativo que participaram do curso, como alunos, vem na seção Treinel[4]. A Revista AÚ apresenta, ainda, a seção Caxinguelê[5], uma pincelada nas atividades realizadas nas unidades educacionais do DEGASE pelos adolescentes socioeducandos. Na seção Aruanda[6], homenagens póstumas e homenagens em vida para personalidades negras que fazem parte da história do Brasil, são apresentadas em textos especiais. A revista apresenta, também, as seções Berimbau[7], com um artigo, a cada edição, sobre momentos da história do Movimento Negra Brasileiro e Zum, zum, zum[8], uma abordagem livre da vasta gama de expressões artísticas e culturais afro-brasileiras e seus realizadores.
Desejamos uma boa leitura!
[1] Departamento Geral de Ações Socioeducativas é a instituição responsável pela execução de medidas socioeducativas por adolescentes no Estado do Rio de Janeiro
[2] O NEAB-D é um órgão componente da estrutura da Escola de Gestão Socioeducativa Paulo Freire – ESGSE do DEGASE.
[3] Círculo formado por capoeiristas onde duas pessoas, ao centro, jogam capoeira, sendo substituídas por outras ao decorrer do jogo, enquanto as pessoas que estão em volta batem palmas e respondem o coro cantado e tocado por capoeiristas.
[4] Etapa na trajetória de praticantes de capoeira.
[5] Menino e menina que joga capoeira.
[6] Lugar onde moram os orixás, cantados até hoje nas rodas.
[7] Instrumento de percussão formado por cabaça, arame e um pedaço de pau. Comanda a roda de capoeira, manda no ritmo e no jogo.
[8] Barulho que se assemelha ao som feito pelo vento, por um inseto (besouro, abelha, mosca, mosquito, pernilongo etc.). Notícia ou informação não confirmada que se torna do domínio público. Comentários. Boato, rumor, mexerico.
Edição Atual
O jogo de capoeira pode ser entendido como uma metáfora da vida. Na afinação dos instrumentos, o berimbau começa seu diálogo com os atabaques em uma preparação para a jornada da roda, para a jornada de um instante da vida. A preparação para roda e para a vida, já é roda, já é vida. É processo formativo.
A revista Aú é editada pelo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros do DEGASE – NEAB-D, um setor da Divisão de Projetos e Programas em Equidade - DIVPPE, vinculado à Escola de Gestão Socioeducativa Professor Paulo Freire – ESGSE, órgão do Departamento Geral de Ações Socioeducativas – DEGASE. A ESGSE é responsável pela formação dos servidores do DEGASE e da comunidade socioeducativa do estado do Rio de Janeiro. A revista Aú é parte do processo formativo continuado da Escola de Gestão Socioeducativa Professor Paulo Freire.
Nesta edição, a questão principal é o contraponto entre racismo e antirracismo. O tema é resultado do V Curso de Estudos Afro-brasileiros e Socioeducação: A construção do racismo e da luta antirracista, promovido pelo NEAB-D.
A revista Aú, número 5, é uma homenagem ao griô Aderaldo Gil e sua passagem pelo plano terreno. O professor Aderaldo está presente nas seções Roda, na qual dividimos um artigo, na seção Aruanda, onde é homenageado pela pesquisadora Juliana Vinuto e na seção que ele assina, Seção Berimbau, onde conta histórias do Movimento Negro brasileiro contemporâneo e, dividimos, também este texto de apresentação. Aderaldo nos deixou em junho de 2023, foi para o Òrun encontrar com Abdias, Januário, Azoilda, Lélia e tantos outros companheiros e companheiras da luta antirracista.
O jogo está aberto, no giro da vida chegamos a mais uma revista Aú.
Boa leitura!!!
Edição completa
Expediente
Apresentação
Seção Roda
Seção Treinel
Seção Caxinguelê
Seção Aruanda
Seção Berimbau
Seção Zum-zum-zum
Galeria Januário Garcia
Seção Capoeiras
Em breve teremos disponíveis para nossos leitores e leitoras a Revista Aú, Volumes I e II.